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Entre o amor e o caos: a montanha-russa do Transtorno de Personalidade Borderline

blog Entre o amor e o caos: a montanha-russa do Transtorno de Personalidade Borderline O que é o Transtorno de Personalidade Borderline? Escrito por Sabrina Lisboa • 8 Abril, 2025 Imagine viver em um constante turbilhão emocional, como se seus sentimentos estivessem sempre à flor da pele, prontos para transbordar a qualquer pequeno estímulo. Para muitas pessoas, isso não é apenas uma fase, é o cotidiano. Assim é a experiência de quem convive com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), uma condição psicológica complexa, frequentemente incompreendida, mas profundamente humana. Neste artigo, vamos explorar o que é o TPB, como ele se manifesta, de que forma impacta a vida das pessoas e como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ser uma luz no processo de equilíbrio emocional. O TPB é um transtorno de personalidade caracterizado por padrões persistentes de instabilidade emocional, comportamentos impulsivos e dificuldades nas relações interpessoais. O termo “borderline” foi originalmente pensado para descrever pacientes que pareciam situar-se “na fronteira” entre a neurose e a psicose, uma definição ultrapassada, mas que marcou sua história clínica. Atualmente, compreendemos o TPB como um transtorno do self: da forma como a pessoa se percebe, se relaciona com o mundo e com os outros. A dor psíquica vivida por quem tem TPB é real, intensa e, muitas vezes, silenciada. Estudos indicam que o TPB afeta entre 1,6% e 5,9% da população mundial, sendo mais comumente diagnosticado em mulheres. No entanto, a subnotificação em homens é significativa, em parte por vieses clínicos e culturais. O diagnóstico é feito com base em critérios do DSM-5, analisando os seguintes sintomas: Medo intenso de ser abandonado, mesmo sem motivo aparente Relacionamentos intensos e instáveis, alternando entre idealização e desvalorização Autoimagem distorcida e instável Impulsividade prejudicial (gastos excessivos, sexo de risco, uso de drogas) Comportamentos autolesivos e ideação suicida recorrente Oscilações de humor intensas, geralmente durando poucas horas Sentimentos crônicos de vazio e tédio existencial Raiva intensa e dificuldade para controlá-la Sintomas dissociativos ou paranoides transitórios sob estresse Por que isso acontece? As raízes do transtorno A origem do TPB é multifatorial. As principais pesquisas apontam para uma combinação de vulnerabilidades biológicas, experiências traumáticas na infância (como abuso, negligência emocional ou instabilidade familiar), e fatores de temperamento. Segundo a TCC, essas experiências formam esquemas mentais disfuncionais, crenças centrais, como: “sou indigno de amor” ou “as pessoas sempre vão me abandonar”, que guiam as interpretações e reações da pessoa diante do mundo. A emoção no TPB não é apenas intensa: ela é rápida, duradoura e difícil de regular. Pequenos gatilhos podem ativar estados emocionais extremos, levando a comportamentos impulsivos como uma tentativa desesperada de aliviar a dor interna. Como é viver com Borderline? Vamos imaginar a história de Clara, uma mulher de 32 anos. Ao conhecer alguém, ela sente que finalmente encontrou “sua alma gêmea”. Tudo é intenso: mensagens constantes, juras de amor, planos de futuro. Mas, ao menor sinal de distância, como uma resposta atrasada no WhatsApp, Clara entra em pânico. Chora compulsivamente, sente-se rejeitada e ameaçada. À noite, se corta. Não para “chamar atenção”, como o estigma sugere, mas como um grito de desespero, um pedido silencioso de alívio. Do outro lado, Luís, 40 anos, muda de emprego constantemente. As críticas o destroem, ele se sente sempre “menos” que os colegas. Oscila entre querer ser o melhor e querer sumir. Em casa, explode com a esposa por motivos triviais, depois mergulha em culpa profunda. “Sou um monstro”, pensa. Esses relatos, fictícios, mas realistas, ilustram a experiência emocional crua e complexa do TPB, marcada por dor, mas também por uma sensibilidade profunda, quase poética, ao mundo. Tratamento: há esperança? Sim! E vem, principalmente, através da psicoterapia baseada em evidências. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), especialmente quando combinada com a Terapia Dialética-Comportamental (TDC), é uma das abordagens mais eficazes no tratamento do TPB. O foco é ajudar o paciente a: Reconhecer padrões de pensamento disfuncionais Regular emoções intensas Desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis Melhorar os relacionamentos interpessoais Reduzir comportamentos impulsivos e autodestrutivos A TDC, desenvolvida por Marsha Linehan (que, inclusive, revelou ser ela mesma diagnosticada com TPB), ensina habilidades práticas em quatro áreas principais: mindfulness, tolerância ao sofrimento, regulação emocional e eficácia interpessoal. Em paralelo com a psicoterapia é muito importante o acompanhamento psiquiátrico, para uso de medicações, como: estabilizadores de humor ou antidepressivos, além da atividade física e uma rotina de vida mais planejada. Tendo em vista todo esse repertório emocional e comportamental de quem convive com o TPB, é importante destacar não são pessoas “manipuladoras” ou “dramáticas”. Elas estão em sofrimento real. O rótulo estigmatizante é parte do que as afasta do cuidado e da empatia que merecem. Com suporte adequado muitos pacientes aprendem a compreender suas emoções, se relacionar de forma mais saudável consigo mesmo e com os outros. Cuide da Sua Mente Como Você Merece! Aqui, no blog, você encontra ferramentas práticas baseadas em TCC e evidências científicas para transformar desafios em conquistas. Compartilhe com alguém que também pode se beneficiar desse conteúdo, porque bem-estar mental é um direito de todos. Até a próxima terça, com mais estratégias para uma vida que vale a pena ser vivida! Artigo anterior

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O Ladrão Invisível do Seu Tempo: Estratégias Práticas para Combater a Procrastinação

blog O Ladrão Invisível do Seu Tempo: Estratégias Práticas para Combater a Procrastinação O Que é Procrastinação? Escrito por Sabrina Lisboa • 2 Abril, 2025 Você já se pegou adiando tarefas importantes, mesmo sabendo que elas têm prazos iminentes ou são essenciais para seus objetivos? Se sim, você não está sozinho. A procrastinação é um dos maiores obstáculos que enfrentamos na vida cotidiana, e embora muitas vezes pareça um comportamento simples, ela pode ter um impacto significativo na nossa produtividade, saúde mental e qualidade de vida. O pior de tudo? Ela é um “ladrão invisível”, que rouba nosso tempo sem que percebamos até que seja tarde demais. Procrastinação é o ato de adiar ou postergar tarefas, muitas vezes substituindo-as por atividades menos importantes ou mais agradáveis. Ao longo do tempo, esse comportamento pode gerar uma sensação de culpa, estresse e frustração. Muitos acreditam que a procrastinação é simplesmente uma questão de falta de disciplina, mas, na realidade, ela está muitas vezes ligada a processos emocionais, como o medo do fracasso, a insegurança ou a busca por uma gratificação imediata. Por que Procrastinamos? Na visão da TCC Na teoria Cognitivo Comportamental, a procrastinação é vista como resultado de pensamentos automáticos disfuncionais que geram emoções negativas, as quais, por sua vez, nos levam a evitar a tarefa. Por exemplo: Pensamento disfuncional: “Eu nunca vou conseguir fazer isso direito, nem adianta ficar tentando” Emoção: Medo, ansiedade ou insegurança. Comportamento: Adiar a tarefa para evitar o desconforto emocional. A procrastinação, portanto, não é uma falha de caráter ou preguiça. Ela é uma estratégia mal-adaptada de enfrentamento das emoções desconfortáveis. Esse ciclo pode se tornar um hábito que reforça a procrastinação, criando um padrão de comportamento difícil de quebrar. Como Combater a Procrastinação: Estratégias da TCC Agora que entendemos um pouco mais sobre as raízes da procrastinação, vamos explorar algumas estratégias da TCC para combater esse “ladrão invisível” e recuperar o controle do seu tempo: Identifique seus Pensamentos Automáticos A primeira etapa para superar a procrastinação é se tornar consciente dos pensamentos que surgem antes de adiar uma tarefa. Pergunte-se: “O que estou pensando neste momento que me faz evitar essa atividade?” Identificar esses pensamentos é fundamental para desafiá-los. Por exemplo, se você pensa “Não sou bom o suficiente para fazer isso”, tente reformular para algo mais realista, como “Posso não ser perfeito, mas posso dar o meu melhor e aprender no processo.” Quebre a Tarefa em Partes Menores Tarefas grandes e complexas muitas vezes nos deixam sobrecarregados. Quando isso acontece, é fácil querer evitar a tarefa por completo. A TCC sugere uma técnica simples e eficaz: divida a tarefa em etapas menores e mais gerenciáveis. Se você está escrevendo um artigo, por exemplo, divida o processo em partes como “escrever o título”, “fazer uma pesquisa”, “escrever a introdução” e etc. Isso torna a tarefa menos assustadora e mais realizável. Use o Método do “Pomodoro” O “Método Pomodoro” é uma técnica de gestão do tempo que pode ser extremamente eficaz para combater a procrastinação. A ideia é trabalhar por 25 minutos focados, seguidos de uma pausa de 5 minutos. Após quatro ciclos, faça uma pausa mais longa, de 15 a 30 minutos. Esse método ajuda a aumentar o foco e reduz a sensação de sobrecarga, além de permitir que você se recompense com pequenas pausas. Reformule a Relação com o Prazer Imediato Muitas vezes procrastinamos porque buscamos um prazer imediato, seja navegando nas redes sociais, assistindo a um vídeo ou simplesmente fugindo da tarefa. A TCC sugere que, em vez de evitar o desconforto da tarefa, você aprenda a associar o prazer à ação. Tente recompensar-se com algo agradável após realizar uma tarefa, como uma pausa para algo que você goste, em vez de se distrair durante a tarefa. Pratique a Autocompaixão Muitas pessoas procrastinam por sentirem medo do fracasso ou por serem excessivamente críticas consigo mesmas. Uma parte importante da TCC é aprender a ser mais gentil consigo mesmo. Em vez de se culpar ou se punir por procrastinar, tente adotar uma postura de autocompaixão. Lembre-se de que todos nós temos momentos de dificuldade, e a chave está em como respondemos a esses desafios. Estabeleça Objetivos Realistas e Prazerosos Quando definimos metas muito altas ou distantes, a procrastinação tende a aumentar. A TCC enfatiza a importância de definir metas que sejam realistas, alcançáveis e prazerosas. Ao estabelecer objetivos claros e alcançáveis, você cria um senso de realização e motivação para continuar avançando. Ajuste Suas Expectativas A procrastinação também pode ser alimentada por uma busca constante pela perfeição. Se você espera que tudo seja feito de maneira impecável, pode se sentir sobrecarregado ou até paralisado pela pressão. Aprenda a ser mais flexível com seus padrões e a aceitar que o progresso, mesmo que pequeno, é mais importante do que a perfeição. Conclusão A procrastinação pode ser um verdadeiro “ladrão invisível”, roubando nosso tempo e energia. Porém, com as estratégias aprendidas nesse artigo, podemos reconhecer os padrões de pensamento que alimentam esse comportamento e tomar medidas concretas para superá-los. Ao trabalhar nossas crenças, definir metas realistas, gerenciar o tempo de forma eficaz e praticar a autocompaixão, podemos retomar o controle de nossa vida e alcançar nossos objetivos com mais eficiência e bem-estar. Lembre-se, a mudança começa com pequenos passos.  Então, comece agora!  Qual tarefa você pode dar o primeiro passo para enfrentar? Cuide da Sua Mente Como Você Merece! Aqui, no blog, você encontra ferramentas práticas baseadas em TCC e evidências científicas para transformar desafios em conquistas. Compartilhe com alguém que também pode se beneficiar desse conteúdo, porque bem-estar mental é um direito de todos. Até a próxima terça, com mais estratégias para uma vida que vale a pena ser vivida! Artigo anterior

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A Atividade Física Como Aliada Poderosa no Combate à Depressão e Ansiedade

blog A Atividade Física Como Aliada Poderosa no Combate à Depressão e Ansiedade O Cérebro em Movimento: Por Que o Exercício é Tão Eficaz? Escrito por Sabrina Lisboa • 18 Mar, 2025 Se você sofre com depressão ou ansiedade, já deve ter ouvido inúmeras vezes que “se exercitar faz bem”. Mas o que a ciência e minha experiência clínica de duas décadas, revelam sobre esse tema vai muito além de um simples clichê. A atividade física não é apenas um complemento no tratamento: em muitos casos, ela é uma ferramenta transformadora. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) nos ensina que pensamentos, emoções e comportamentos estão interligados. Quando nos movimentamos, provocamos mudanças bioquímicas e psicológicas que impactam diretamente essa tríade: Liberação de Neurotransmissores – Exercícios estimulam a produção de serotonina, dopamina e endorfinas, substâncias naturais que melhoram o humor e reduzem a percepção de dor emocional. Redução do Cortisol – O hormônio do estresse diminui com a prática regular, aliviando sintomas de ansiedade. Quebra do Ciclo de Ruminação – Pessoas com depressão tendem a se envolver em pensamentos repetitivos e negativos. A atividade física age como um “reset” cognitivo, direcionando o foco para o corpo e o momento presente. Não Precisa Ser Atleta: Comece com Micro-Hábitos Um dos maiores mitos é acreditar que só “contam” horas intensas na academia. Isso não é verdade, qualquer atividade física é válida. Levando em consideração que estou falando para pessoas que são sedentárias e que sofre com transtornos de ansiedade ou depressão. Caminhadas de 20 minutos (de preferência ao ar livre, para potencializar os efeitos da luz solar). Alongamentos matinais (associados a técnicas de respiração para reduzir ansiedade). Dança, yoga ou até jardinagem – o importante é encontrar prazer na atividade. Em meus anos de consultório, vi pacientes recuperarem a vitalidade começando com passos pequenos e consistentes. A chave está na regularidade, não na intensidade. Não se preocupe a intensidade virá progressivamente. Exercício Como Estratégia Terapêutica Na TCC, trabalhamos com ativações comportamentais: convido meus pacientes a testarem, por exemplo, como se sentem após uma semana de caminhadas diárias. Os resultados frequentemente surpreendem: “Acordei com menos vontade de me esconder debaixo das cobertas.” (Depressão) “Minha mente parou de acelerar como antes.” (Ansiedade generalizada) Claro, a atividade física não substitui terapia ou medicamentos quando necessários, mas potencializa seus efeitos. Estudos mostram que exercícios podem ser tão eficazes quanto antidepressivos em casos leves a moderados (Journal of Clinical Psychiatry, 2018). O Desafio do Primeiro Passo (e Como Vencê-Lo) Se a depressão roubou sua energia ou a ansiedade trava sua iniciativa, experimente: Associe o exercício a algo prazeroso – Ouça seu podcast favorito enquanto caminha. Use a técnica dos 5 minutos – Comprometa-se a se mover por apenas 5 minutos. Frequentemente, isso quebra a inércia e leva a mais tempo de atividade. Registre pequenas vitórias – Anote em um diário como se sentiu após cada sessão. Isso reforça o comportamento positivo. Palavras Finais: Seu Corpo é Seu Aliado A mente e o corpo são inseparáveis, integrados. Quando cuidamos de um, automaticamente influenciamos o outro. Se você está em luta contra a depressão ou a ansiedade, veja a atividade física não como mais uma obrigação, mas como um ato de autocuidado. E você? Já percebeu diferença no seu humor após se exercitar? Se não, convido a experimenta. Vamos lá! Cuide da Sua Mente Como Você Merece! Aqui, no blog, você encontra ferramentas práticas baseadas em TCC e evidências científicas para transformar desafios em conquistas. Compartilhe com alguém que também pode se beneficiar desse conteúdo, porque bem-estar mental é um direito de todos. Até a próxima terça, com mais estratégias para uma vida que vale a pena ser vivida! Artigo anterior

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Amor e Ansiedade: Como Construir um Relacionamento Saudável e Acolhedor

blog Amor e Ansiedade: Como Construir um Relacionamento Saudável e Acolhedor Escrito por Sabrina Lisboa • 18 Mar, 2025 Relacionar-se amorosamente com alguém que vive com ansiedade pode ser um desafio, mas também uma oportunidade única para construir uma conexão profunda, baseada em empatia, paciência e compreensão. A ansiedade, muitas vezes mal compreendida, pode se manifestar de diferentes formas: preocupação excessiva, medos irracionais, inseguranças ou até mesmo reações físicas, como taquicardia e insônia. No entanto, com o cuidado certo, é possível transformar esses desafios em pontes para um relacionamento mais forte e significativo. Neste artigo, vamos explorar como você pode apoiar seu parceiro(a) com ansiedade, mantendo um equilíbrio entre acolhimento e autocuidado. 1. Entenda a Ansiedade sem Julgamentos O primeiro passo é buscar entender o que é a ansiedade e como ela se manifesta na vida do seu parceiro(a). A ansiedade não é uma escolha, mas uma condição que pode ser desencadeada por diversos fatores, como genética, estresse ou traumas. Evite frases como “é só relaxar” ou “isso é coisa da sua cabeça”. Em vez disso, mostre interesse em aprender sobre o que ele(a) sente e como você pode ajudar. Pergunte: “O que você precisa quando está se sentindo ansioso(a)?” “Como posso te apoiar nesses momentos?” Essas perguntas demonstram que você está disposto(a) a entender e a estar presente, sem pressionar. 2. Crie um Ambiente Seguro e Acolhedor Pessoas com ansiedade muitas vezes se sentem sobrecarregadas por medos ou pensamentos intrusivos. Por isso, é importante que o relacionamento seja um porto seguro, onde seu parceiro(a) se sinta aceito(a) e compreendido(a). Algumas atitudes que fazem a diferença: Valide as emoções: Diga coisas como “Eu entendo que isso é difícil para você” ou “Faz sentido você se sentir assim”. Pratique a paciência: Às vezes, a ansiedade pode levar a reações intensas ou imprevisíveis. Respire fundo e lembre-se de que não é pessoal. Esteja presente: Às vezes, só o fato de você estar ao lado, mesmo em silêncio, já é um grande conforto. 3. Estabeleça Limites Saudáveis Apoiar alguém com ansiedade não significa que você deva abrir mão das suas próprias necessidades. É essencial estabelecer limites saudáveis para evitar o esgotamento emocional. Por exemplo: Se você se sentir sobrecarregado(a), comunique isso com gentileza: “Eu quero te ajudar, mas também preciso cuidar de mim. Vamos pensar juntos em uma solução?” Incentive seu parceiro(a) a buscar ajuda profissional, como terapia ou acompanhamento psiquiátrico, se necessário. Isso não é uma falha, mas um ato de amor por si mesmo e pelo relacionamento. 4. Pratique a Comunicação Aberta e Honesta A comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável, especialmente quando um dos parceiros lida com ansiedade. Converse sobre como vocês podem trabalhar juntos para enfrentar os desafios. Algumas dicas: Combine “códigos” ou sinais para quando a ansiedade estiver muito intensa. Por exemplo, uma palavra ou gesto que indique que ele(a) precisa de um momento para se acalmar. Celebre as pequenas vitórias: Reconheça os progressos e esforços do seu parceiro(a), mesmo que pareçam pequenos. 5. Cuide de Você Também Cuidar de alguém com ansiedade pode ser emocionalmente desgastante se você não estiver atento(a) às suas próprias necessidades. Reserve tempo para atividades que te recarreguem, como hobbies, exercícios físicos ou momentos de relaxamento. Lembre-se: você não precisa ter todas as respostas. Às vezes, só de estar presente e disposto(a) a aprender, você já está fazendo uma grande diferença. Contudo, relacionar-se amorosamente com alguém que tem ansiedade pode ser uma jornada desafiadora, mas também profundamente gratificante. Com empatia, comunicação e respeito mútuo, é possível construir um relacionamento onde ambos se sintam seguros, amados e compreendidos. E se você está do outro lado, lidando com a ansiedade, saiba que merece amor e apoio incondicional. Buscar ajuda e se permitir ser cuidado(a) também é um ato de coragem e amor próprio. Juntos, vocês podem transformar a ansiedade em uma oportunidade para fortalecer ainda mais o vínculo que os une.  Você não está sozinho(a)! Eu posso te ajudar! Cuide da Sua Mente Como Você Merece! Aqui, no blog, você encontra ferramentas práticas baseadas em TCC e evidências científicas para transformar desafios em conquistas. Compartilhe com alguém que também pode se beneficiar desse conteúdo, porque bem-estar mental é um direito de todos. Até a próxima terça, com mais estratégias para uma vida que vale a pena ser vivida! Artigo anteriorArtigo seguinte

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A importância da saúde mental no nosso dia-a-dia

blog A importância da Saúde Mental No Nosso Dia-a-Dia A saúde mental é um estado de bem-estar que permite ao indivíduo lidar com as emoções, desafios e relacionamentos de forma equilibrada. Não se trata apenas da ausência de transtornos mentais, mas da capacidade de viver com qualidade, enfrentar adversidades e manter uma relação saudável consigo mesmo e com os outros. Assim como cuidamos do corpo, é essencial dedicar atenção à mente. Entendendo assim, que a integração entre o corpo e a mente saudáveis, é a base para uma vida plena e produtiva. Escrito por Sabrina Lisboa • 2 Mar, 2025 Entretanto, no nosso dia a dia, a saúde mental influência diretamente nossa capacidade de trabalhar, estudar, se relacionar e até mesmo aproveitar momentos de lazer. Quando estamos emocionalmente equilibrados, conseguimos lidar melhor com o estresse, tomar decisões mais assertivas e manter relações interpessoais saudáveis. Por outro lado, desequilíbrios emocionais, como ansiedade, estresse crônico ou depressão, podem prejudicar a produtividade, nosso trabalho ou estudo, nossas relações, bem como, todo bem-estar. Reconhecer sinais como irritabilidade frequente, cansaço excessivo, alteração do sono e do apetite são alertas para buscar ajuda e evitar que esses problemas se agravem. Dito isso, acredito que não restam dúvidas, que Investir na saúde mental traz inúmeros benefícios, tanto a curto quanto a longo prazo. Pessoas que cuidam do seu bem-estar e autoconhecimento, tendem a ser mais resilientes, ou seja, conseguem lidar melhor com adversidades e se recuperar mais rapidamente de situações difíceis. Além disso, a saúde mental está diretamente ligada à qualidade dos relacionamentos, pois nos permite comunicar de forma mais eficaz, estabelecer limites saudáveis e cultivar conexões significativas. Outro benefício é o autoconhecimento: ao cuidar da mente, aprendemos a identificar nossas emoções, necessidades e valores, o que contribui para uma vida mais alinhada com nossos propósitos. Incorporar pequenos hábitos na rotina pode fazer uma grande diferença na saúde mental. Aqui estão algumas sugestões: Exercícios físicos regulares: A prática regular de atividades físicas libera endorfinas, que ajudam a reduzir o estresse e melhorar o humor, além de melhorar a autoestima. Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em nutrientes contribui para o bom funcionamento do cérebro e do corpo, bem como no funcionamento do intestino, o nosso segundo cérebro. Autocuidado: Reservar momentos para atividades que trazem prazer e relaxamento, como ler, meditar ou ouvir música, é fundamental. Reserve pelo menos 30 minutos do seu dia para uma atividade prazerosa. Mindfulness ou atenção plena: Essas práticas ajudam a focar no presente, reduzindo a ansiedade e promovendo clareza mental. Estabelecimento de limites: Aprender a dizer “não” e priorizar o que realmente importa, evita sobrecarga e desgaste emocional. Busca por ajuda profissional, psicólogo: A terapia é o lugar mais seguro e adequado para você tratar ou mesmo aprender a lidar com as suas emoções, com os pensamentos intrusivos e comportamentos disfuncionais que só te afastam dos seus objetivos. No entanto, apesar dos avanços, de todos esses benefícios já citados, ainda existe muito preconceito em torno da saúde mental. Muitas pessoas evitam buscar ajuda por medo de serem julgadas ou por acreditarem que lidar com problemas emocionais é um sinal de fraqueza. É essencial normalizar a conversa sobre saúde mental e mostrar que transtornos como ansiedade e depressão são comuns e tratáveis. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por esses problemas, o que reforça a importância de abordar o tema com empatia e sem julgamentos. Buscar ajuda psicológica é um ato de coragem e autocuidado, e não deve ser motivo de vergonha. Cuidar da saúde mental não é um luxo, mas uma necessidade básica para uma vida equilibrada e saudável. Em um mundo cada vez mais acelerado e cheio de pressões, dedicar atenção ao bem-estar emocional é essencial para enfrentar desafios, cultivar relacionamentos saudáveis e viver com propósito. Pequenas mudanças na rotina e a busca por apoio profissional podem transformar a maneira como lidamos com as emoções e os obstáculos da vida. Portanto, priorizar a saúde mental é um investimento em si mesmo, para uma vida que vale a pena ser vivida! Você não precisa passar pelos momentos mais desafiadores da sua vida sozinho(a).  Peça ajuda! Cuide da Sua Mente Como Você Merece! Aqui, no blog, você encontra ferramentas práticas baseadas em TCC e evidências científicas para transformar desafios em conquistas. Compartilhe com alguém que também pode se beneficiar desse conteúdo, porque bem-estar mental é um direito de todos. Até a próxima terça, com mais estratégias para uma vida que vale a pena ser vivida! Artigo seguinte

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